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efe |
Eventualmente, se se visse a máquina toda a fotografia poderia ficar enriquecida, até talvez mais apelativa, mas aproximar-se-ia mais do documental (aquilo que procura reproduzir o real com a maior fidelidade possível) afastando-se da abordagem artística.
É o facto de esta fotografia nos propor que imaginemos como será efectivamente o resto do cilindro que a coloca no campo da arte.
Abuso da paciência do anfitrião lininho e discorro, que vou embalado, e explico melhor recorrendo à pintura: Durante muitos anos preferi a arte de pintores como Durer ou Holbein à arte de pintores ditos maiores e não percebia como podiam as outras pessoas preferir obras muito menos precisas, menos reais e, aparentemente, mais fáceis de realizar (pelo menos não tão morosas). Mais tarde descobri a importância do indefinido, que deixa espaço para a nossa interpretação (reconstrução). O sorrido da Mona Lisa bem pode ser um exemplo disto. Neste caso o Mestre Leonardo usou o sfumato para permitir diferentes interpretações do sorriso do modelo, conforme a proximidade do espectador ou o ângulo de incidência da luz…
Portanto, para mim, as pinceladas sugestivas de Van Dyck ou Rubens não estavam à altura do traço meticuloso de Hans Holbein – é ver “A virgem e o menino” e “O mercador em Londres” deste autor. Aquilo não é pintura, é “Fotografia”. Ah, mas como eu estava enganado! |
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RGallacci |
Concordo com as palavras do Efe.
Acho que um trisco a mais de luminosidade teria dado melhor e maior volume as formas desta maquina. |
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efe |
A diferença entre foto documental e foto artística é que para o primeiro tipo a foto está demasiado escura, mas porreira para o segundo.
[não estou a pretender ensinar nada, apenas ensaio a escrita - quando mais escrevo, melhor escrevo] |
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